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E ainda me perguntam: pra que serve a História?

Atualmente, na sociedade do consumo e do status, onde o que vale é o presente e o futuro, a História é vista como um conhecimento praticamente dispensável, tanto para a vida e, fundamentalmente, para o mercado de trabalho. Para quê estudar coisas "antigas", que aconteceram há muito tempo? Que importância tem a História para a vida? Nós, historiadores, não salvamos vidas como os médicos, não construímos edifícios, pontes ou rodovias. Não prendemos e nem julgamos criminosos, nem apagam incêndios e sequer inventam equipamentos eletrônicos ou remédios para a cura do câncer. Então, qual a finalidade em estudar o passado diante de tantas necessidades do presente? As diversas formas de comportamento que observamos atualmente, que resultam em violência, como a xenofobia e o racismo, a incompreensão por certos hábitos alimentares e por certas tradições. As polemicas relações de gênero sustentadas por costumes e crenças muito diferentes das nossas, geralmente existem por falta de conh

Dissertação: Relações de Gênero nas Organizações Comunitárias

Relações de Gênero nas Organizações Comunitárias: A Participação Feminina na Associação de Moradores do Bairro Nova Esperança (Aureny II) - Palmas/TO O presente trabalho analisa as relações de gênero desenvolvidas na Associação dos Moradores do Jardim Aureny II, na cidade de Palmas, estado do Tocantins. Utilizando para isso os discursos das mulheres que se envolveram na implantação da associação no contexto da construção da nova capital do Estado, Palmas e do discurso de desenvolvimento que pautava esta empreitada. Ao mesmo tempo que uma nova cidade planejada era erguida, os bairros periféricos surgiam sem nenhum planejamento, desprovidos de equipamentos urbanos essenciais para o bem estar dos imigrantes que chegaram a Palmas em busca de melhores condições para suas famílias e encontraram um lugar distante do centro de decisões e desprovido de garantias para uma vida digna. A organização social foi a forma encontrada pela comunidade do Aureny II para reinvidicar o que achavam que eram

Perguntar não ofende.

A pergunta da semana é: Por quê tantas pessoas passam fome no mundo? É sensato dizer que o culpado é o capitalismo?

Porque somente Marielle?

Vamos observar dois pontos que podem ajudar a explicar a diferença de tratamento que se tem identificado em relação às mortes violentas no Brasil. Especificamente após o assassinato da vereadora carioca, Marielle Franco e de Anderson Gomes, seu motorista. Se trata de uma opinião e não entendo que sejam os únicos possíveis. Também não os vejo como justificativas. O primeiro está nas teorias da comunicação. Estas concentraram suas atenções sobre as mensagens da mídia e seu efeito sobre os indivíduos e enfatizam o processo de seleção, produção e divulgação das informações através da mídia. Os meios falam daquilo que, na ordem editorial/financeira, dará mais audiência (os meios vendem audiência para seus anunciantes). Outro ponto está no contexto político/social do país. Daí, saímos dos meios e vamos para as redes sociais, que caracterizam bem esse contexto. O sociólogo espanhol Manuel Castells, estudioso da sociedade da informação, escreveu que, o que ele chama de “política pós-moderna”,

Eles querem mudar o mundo, mas não querem tirar a bunda da cadeira.

"Para ajudar não é preciso ir até a África e adotar uma criança: dá para fazer do sofá de casa, pela internet". Essa frase é de Henrique Carneiro, mais um ludibriado pela história do KONY2012. Uma pena que esta juventude se iluda tão facilmente. Este é o tipo de engajamento que eles estão praticando, "desde que eu não precise discutir e debater" eu ajudo. Mostra também como a internet é pouco explorada por estes jovens "antenados". O protagonismo desta turma se reaume a curtir e comentar, e as vezes compartilhar: "Pronto, já colaborei com a mudança do planeta". O fenômeno KONY2012 abre o debate sobre como o mundo virtual esta agindo sobre a ação dos jovens. A forma como seus atos podem ser admirados pelo mundo faz com que a internet e suas redes sociais sejam o "campo de batalha" deste jovens. Nada contra, mas é preciso saber que o mundo real é bem maior que o virtual. Não é a quantia de "curtir" que o tornam mais respeitado,

A bloqueira: Yoani Sánchez

Yoani Sánchez, muitos dos que estão lendo este texto jamais ouviram este nome, não sabe de quem se trata. Por isso ele está aqui. Yoani é uma cubana, uma blogueira cubana, isso já é suficiente pra despertar interesse na sua história. Cuba é uma ilha que abriga o que restou do modelo comunista de estado. A história de Cuba pode ser acessada nos links a seguir: http://educacao.uol.com.br/historia/historia-cuba-1.jhtm e http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/cuba_-_ilha_da_rebeldia.html A blogueira Yoani é uma critica ferrenha do governo cubano, já foi presa, torturada e não pode sair de casa, tudo isso por ser contra o governo. Esta semana o Brasil concedeu visto a Yoani para participar da exibição do documentário Conexão Cuba-Honduras, do cineasta Cláudio Galvão, em 10 de fevereiro, na cidade de Jequié, na Bahia. Acontece que isto não basta, pois o governo cubano tem que autorizar a viagem dela. Voce sabe o que é liberdade de ir e vir? Isto não existe em Cuba. O resultado

Por que não reagimos? Por que os brasileiros não reagem à corrupção?

Texto de FERNANDO DE BARROS E SILVA / Folha opinião acesso: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1907201103.htm Por que os brasileiros não reagem à corrupção? Por que a indignação resulta apenas numa uma carta enviada à Redação ou numa coluna de jornal? Por que ela não se transforma em revolta, não mobiliza as pessoas, não toma as ruas? Por que tudo, no Brasil, termina em Carnaval ou em resmungo? A pergunta inicial não foi feita por um brasileiro -o que é sintomático. Foi Juan Arias, correspondente do jornal "El País" no Brasil, quem a formulou num artigo recente. " Es que los brasileños no saben reaccionar frente a la hipocresía y falta de ética de muchos de los que les gobiernan?". Y entonces??? Não existe resposta simples aqui. Em primeiro lugar, a vida de milhões de brasileiros melhorou nos últimos anos, mesmo sob intensa corrupção, e apesar dela. Ninguém que leve o materialismo a sério pode desconsiderar esse dado básico. Além disso, o PT, na prát