O nome da avenida.
edervalcr@gmail.com
A mudança do nome da Avenida Teotônio Segurado pode ser abordada sob vários aspectos, tanto em função da legalidade da ação, quanto pelo contexto político que nela se encerra. É por essas bandas que me arrisco a escrever, de uma forma clara e cuidadosa, tentando deixar bem escrito que não tomo partido de ninguém, apenas deixo escapar aquilo que não me passa na garganta. Completando vinte anos de vida, nossa jovem capital respira ares de coisa velha, ultrapassada, caracterizado por um sem números de atitudes insensatas, impensadas, individualistas que nossos homens públicos vêm demonstrando ao longo de todo este tempo, apoderando-se da coisa pública para seu uso com fins pessoais ou de grupos. Uma cidade que nasceu com o desejo de ser moderna e justa, não passa de uma reprodução do que sempre se viu na sociedade brasileira, moderna nos prédios, nas praças, mas velha e caquética na conduta política. A clássica divisão política dos tempos dos coronéis aqui se repete com marcelistas e siqueiristas, nada mais retrogrado, os currais eleitorais nas estruturas de uma dezena de municípios com dois, três mil habitantes, dividir para dominar. Palmas já nasceu mercadoria, com um dono, assim como o próprio Estado, ao longo de 20 anos sua propriedade passa de mãos em mãos e, como um produto, vai se desgastando, perdendo valor, depreciando. Espaços públicos viram campos de confrontos pessoais, como crianças num jardim de infância – Ah, é assim? Então toma isso. A idéia de mudar o nome da Avenida Teotônio Segurado é só mais um exemplo, ou alguém consegue enxergar algo de produtivo nessa atitude? Quais as benesses que esta mudança trará para Palmas, assim com a retirada dos frontispícios do Palácio Araguaia, nenhuma, mas não é isso que importa o que importa é mostrar que eu posso. O fundamental é colocar o dedo na cara do outro e dizer: Viu? Eu fiz! A vingança dos amores traídos, dos desejos não realizados e dos ciúmes irremediáveis.
E assim caminhamos, veículos públicos rodando em fim-de-semana com famílias abarrotadas em seus bancos, parados em salão de beleza, estacionados em quiosques de sucos pela cidade, carregando compras em supermercados, estacionados em vagas especiais, veículos com dez anos de uso leiloados como sucata, a preço de banana. È o patrimonialismo claro e vergonhoso, que consome com os bens públicos, com o que é meu, seu, nosso.
Mas em seus 20 anos, nem tudo é ruim, temos algo de bom, nem tudo esta podre no reino do Pequi. Temos projetos que melhoraram o atendimento às crianças, a educação, a cultura, mas tudo isso desaparece frente a aberrações como a mudança do nome das avenidas, falta de remédios, quadras sem asfaltos e cheias de açudes, isso mesmo, açudes, as poças estão tão grandes que formam verdadeiros açudes e os carros se transformam em veículos anfíbios, temos avenidas inundadas, carros parados, lama, buracos. A cidade atingiu a maioridade há algum tempo, mas ainda é muito dependente, é linda por fora e horrível por dentro. Mudou-se o nome das Avenidas mas na cidade não mudou nada, ano que vem tem eleição, alguém aí consegue fazer uma idéia onde tudo isso vai parar?
Solução? A principal é não deixarmos que isso se torne hereditário, Palmas e o Tocantins não podem ser deixados a herdeiros destes que ai estão, não pode ser herança de família. Tudo isso aqui é nosso, daqueles que escolheram esta terra pela sua beleza, pela sua juventude e não como butim de piratas. Parabéns Palmas.
A mudança do nome da Avenida Teotônio Segurado pode ser abordada sob vários aspectos, tanto em função da legalidade da ação, quanto pelo contexto político que nela se encerra. É por essas bandas que me arrisco a escrever, de uma forma clara e cuidadosa, tentando deixar bem escrito que não tomo partido de ninguém, apenas deixo escapar aquilo que não me passa na garganta. Completando vinte anos de vida, nossa jovem capital respira ares de coisa velha, ultrapassada, caracterizado por um sem números de atitudes insensatas, impensadas, individualistas que nossos homens públicos vêm demonstrando ao longo de todo este tempo, apoderando-se da coisa pública para seu uso com fins pessoais ou de grupos. Uma cidade que nasceu com o desejo de ser moderna e justa, não passa de uma reprodução do que sempre se viu na sociedade brasileira, moderna nos prédios, nas praças, mas velha e caquética na conduta política. A clássica divisão política dos tempos dos coronéis aqui se repete com marcelistas e siqueiristas, nada mais retrogrado, os currais eleitorais nas estruturas de uma dezena de municípios com dois, três mil habitantes, dividir para dominar. Palmas já nasceu mercadoria, com um dono, assim como o próprio Estado, ao longo de 20 anos sua propriedade passa de mãos em mãos e, como um produto, vai se desgastando, perdendo valor, depreciando. Espaços públicos viram campos de confrontos pessoais, como crianças num jardim de infância – Ah, é assim? Então toma isso. A idéia de mudar o nome da Avenida Teotônio Segurado é só mais um exemplo, ou alguém consegue enxergar algo de produtivo nessa atitude? Quais as benesses que esta mudança trará para Palmas, assim com a retirada dos frontispícios do Palácio Araguaia, nenhuma, mas não é isso que importa o que importa é mostrar que eu posso. O fundamental é colocar o dedo na cara do outro e dizer: Viu? Eu fiz! A vingança dos amores traídos, dos desejos não realizados e dos ciúmes irremediáveis.
E assim caminhamos, veículos públicos rodando em fim-de-semana com famílias abarrotadas em seus bancos, parados em salão de beleza, estacionados em quiosques de sucos pela cidade, carregando compras em supermercados, estacionados em vagas especiais, veículos com dez anos de uso leiloados como sucata, a preço de banana. È o patrimonialismo claro e vergonhoso, que consome com os bens públicos, com o que é meu, seu, nosso.
Mas em seus 20 anos, nem tudo é ruim, temos algo de bom, nem tudo esta podre no reino do Pequi. Temos projetos que melhoraram o atendimento às crianças, a educação, a cultura, mas tudo isso desaparece frente a aberrações como a mudança do nome das avenidas, falta de remédios, quadras sem asfaltos e cheias de açudes, isso mesmo, açudes, as poças estão tão grandes que formam verdadeiros açudes e os carros se transformam em veículos anfíbios, temos avenidas inundadas, carros parados, lama, buracos. A cidade atingiu a maioridade há algum tempo, mas ainda é muito dependente, é linda por fora e horrível por dentro. Mudou-se o nome das Avenidas mas na cidade não mudou nada, ano que vem tem eleição, alguém aí consegue fazer uma idéia onde tudo isso vai parar?
Solução? A principal é não deixarmos que isso se torne hereditário, Palmas e o Tocantins não podem ser deixados a herdeiros destes que ai estão, não pode ser herança de família. Tudo isso aqui é nosso, daqueles que escolheram esta terra pela sua beleza, pela sua juventude e não como butim de piratas. Parabéns Palmas.
Comentários
Detalhe: no caso do Siqueira Campos, ele nem aprovou isso ..
:)
Fernanda Danielle 3º A
Axo inútil mudar o nome de uma Avenída como essa. Por mais que tentem, o povo ja se acostumou com o antigo nome.
"reino do pequi"... essa foi boa :P
*Matheus 3ºB